O setor da construção civil tem enfrentado de cabeça erguida o duro período da pandemia da Covid-19. Mesmo com todas as restrições e impactos causados à cadeia produtiva de praticamente todos os setores econômicos, o ano de 2021 foi finalizado com ótimos resultados para o setor, que consolidou um crescimento de 7,6%, o maior em dez anos. O aumento dos financiamentos de imóveis e das contratações de mão de obra (+111%) e, ainda, a retomada de muitos projetos foram alguns dos pontos positivos. Em contrapartida, a alta dos preços dos materiais de construção chegou a 21,34% do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), sendo o principal desafio da construção civil.

Em 2022, muitas empresas do setor enfrentarão dificuldades, mas a expectativa ainda é positiva. A alta inflação, de 10,06% em 2021, e o aumento da taxa de juros – que já chegou a 9,5% no primeiro mês do ano –, além da pandemia, que segue afetando a todos, são os principais obstáculos para os empreendedores e trabalhadores desse segmento. Além disso, as eleições, que ocorrerão em outubro deste ano, também devem afetar diversos setores. Mesmo assim, a construção civil deve permanecer como um dos principais motores da economia, e gerar empregos; bem como o crédito imobiliário deve seguir em alta, mesmo que menor do que antes.